SÃO LUÍS - O Instituto Federal do Maranhão abriu um processo contra um servidor suspeito de tentar burlar o concurso realizado domingo passado. O mesmo funcionário também estaria envolvido numa tentativa de fraudar um concurso do Incra. A Polícia Federal investiga os dois casos. Assista à reportagem de Honório Jacometto, da TV Mirante.
O edital é bem claro: o uso de celular durante a prova é proibido. Mas quatro candidatos desrespeitaram a regra. Os celulares estão apreendidos na Polícia Federal. Eram neles que chegavam as mensagens de texto com as respostas da prova. Foi um funcionário do próprio Instituto Federal do Maranhão (IFMA) que pagou um professor de Física para fazer o concurso e passar o gabarito.
Esta não era a primeira vez que Nélio Furtado tentava burlar um concurso. A Polícia Federal soube que ele e o mesmo professor de Física, que faziam um concurso do Incra, se comunicaram fora da sala de aula durante a prova, para tentar trocar informações. Um candidato observou tudo e chamou a polícia.
O Instituto Federal do Maranhão não vai cancelar o concurso. Apenas excluiu os quatro candidatos que tentaram fraudar a prova. A reitoria do Instituto abriu um processo administrativo disciplinar contra o funcionário.
O reitor do IFMA, José Costa, disse que vai investigar se os fiscais que estavam nas salas sabiam que os candidatos portavam celulares. A direção do IFMA não repassou o telefone de contato do funcionário Nélio Furtado para que nós pudéssemos ouvi-lo. Todos os suspeitos prestaram depoimento e foram liberados.
Já a Assessoria de Imprensa do Incra disse que ainda não recebeu nenhuma comunicação da Polícia Federal sobre a tentativa de fraude na prova aplicada em São Luís. No entanto, informou que o Instituto que preparou a prova deve se manifestar ainda esta semana dizendo se vai manter ou anular o concurso.
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